Não aguento mais “felicidade”

Escrevi este texto após receber mais um, dos incontáveis lembretes para que eu assistisse mais uma palestra de alguém debatendo o tema felicidade.
Nunca se falou tanto em felicidade quanto nos anos mais recentes. Será que as pessoas estão mais tristes do que em outras épocas, ou se trata apenas de mais um nicho lucrativo de mercado? São inúmeros os pensadores dando palestras, escrevendo livros e criando “N” fórmulas para se atingir o tão desejado estágio de êxtase que este sentimento é capaz de proporcionar.
Filósofos, cientistas e religiosos conseguem arrebatar milhares de seguidores com seus discursos que, simplesmente, não trazem respostas concretas, e muito menos a felicidade, como num passe de mágica.
Todo esse tempo em cima dessa questão poderia ser muito melhor aproveitado com outros temas. Não que não seja relevante, mas qualquer ser pensante  sabe que a felicidade são momentos e não um estado permanente. Todos nós temos consciência de que, se neste exato momento estamos radiantes de alegria, em alguns segundos, isso pode mudar.

E que ironia não? Aqui estou eu falando sobre esse tema enquanto caminho. E estou feliz escrevendo e divagando a respeito, mas sei que isso vai passar. E não existe uma fórmula neste mundo capaz de trazer de volta estes breves minutos. Escrever me dá prazer. Escrever bem, me deixa feliz. Textos ruins me desanimam.
Felicidade é isso: detectar, agarrar e vivenciar o que nos dá prazer, seja lá o que for. Para mim, felicidade é um amigo, é amar, é sentir, é um livro, um banho, uma flor…
Eu tenho a minha. Você tem a sua. E ninguém tem a fórmula!

Para refletir:
“Um copo d’água pode causar aversão para alguém que já tomou seis deles para realizar um exame de ultrassom abdominal, mas pode trazer uma felicidade imensurável para alguém que caminha há horas pelo deserto.”

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